Sou trancado dentro de mim, e para sempre,
Por este guarda de vinte anos!
Um só gesto dele, o olho, os cabelos na boca:
O meu coração abre-se e o guarda
Prende-me cá dentro, em festivas lágrimas.
Mal é fechada com bondade demais
Esta maldita porta
E já tu regressas. Perseguido pela tua perfeição,
Vejo agora contado o nosso amor
Pela tua boca que canta.
Este tango acutilante que se ouve na cela,
Este tango das despedidas.
És tu, Senhor, sobre este ar radiante?
Por caminhos secretos a tua alma terá ido
Para escapar aos deuses.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
I
Resta um pouco de noite num canto a definhar.
Em golpes duros na timidez do céu, cintila
(Os suspiros presos pelas árvores do silêncio)
Gloriosa uma rosa por cima do vazio.
Pérfido é o sono onde a prisão me leva
E os meus corredores secretos mais sombrios ficam
Iluminando os marinheiros que bem matam
Este tipo altivo que nas suas florestas se embrenha.
Em golpes duros na timidez do céu, cintila
(Os suspiros presos pelas árvores do silêncio)
Gloriosa uma rosa por cima do vazio.
Pérfido é o sono onde a prisão me leva
E os meus corredores secretos mais sombrios ficam
Iluminando os marinheiros que bem matam
Este tipo altivo que nas suas florestas se embrenha.
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